tag:blogger.com,1999:blog-88177530720472517092024-03-12T17:00:04.023-07:00DivagaçõesBrenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-9688230995551806662009-03-26T14:19:00.000-07:002009-04-25T17:48:39.229-07:00Éditions du DésastreAcendi um cigarro e resolvi caminhar pela rua. <em>It was about seven o'clock pm, my thoughts were beginning to get foggy, my mind was dark and my intentions mixed with some kind of guilty and contradiction.</em> E enquanto formulava esse texto em minha cabeça, percebia o quão arorgante eu era por pensar em outra língua. <em>'Enquanto outros nem têm o que comer'</em>, eu completava. O que uma coisa tem em comum com outra? Nada, mas quando você tenta justificar o fato de não poder ser arrogante, o principal motivo é esse; enquanto desfrutamos de casa, comida e conhecimento, parece minimamente obsceno esnobar os ignorantes e desfavorecidos falando em outra língua consigo mesmo.<br />Paulo havia acabado de sair para jantar com Elisa, sob meu conhecimento e passividade mesmo. Decidi que a submissão forma a mulher, e a tentativa de negá-la e subvertê-la é um ato complementar; tentamos provar para nossos homens que somos fortes, mas no fundo sabemos que é apenas parte da encenação fazer surgir um lado que eles <em>não conhecem</em>. Conhecem sim - muito bem. Sempre pareceu-me hipocrisia essa conversa deles, de que não são capazes de nos entender e somos complicadas de compreender. Somos, na verdade, um poço raso - vulneráveis e previsíveis, cheias de facilidades e maneirismos, fantoches de nós mesmas.<br />Quando Paulo primeiramente disse que havia outra em sua vida, uma lágrima deslizou por meu pescoço até minha blusa. Naquela pequena gota, pareci enxergar o reflexo amargo do que sucederia - refeições em silêncio, banhos exaustivos, noites em claro. Engoli e procurei buscar o lado positivo: o que há demais, então, se ele quer outra? É estupidez esperar que eu baste para alguém. Nunca me considerei o bastante - como esposa, como mãe (não à toa nunca o fui), como filha. Tudo foi extremamente compreensível, senão por um pequeno detalhe que me fazia sofrer e gritar de dor: <em>por que uma mulher mais velha</em>? Sempre entendi que os homens, a partir de uma determinada idade, passam a sentir interesse por mulheres mais jovens. Por autoafirmação, por luxúria, por provação, por <em>hábito</em>. Mas mais <em>velha</em>? Considero meus 45 anos como um número simbólico de maturidade e experiência. Tolerar uma amante, todas toleram. O que se há de mudar? Mas de alguma maneira, aquilo me afetou. O fato de ela ser mais velha. Mais acabada. Mais flácida, enrugada, cansada. Pensei ser apenas uma dificuldade de adaptação, mas não o fora. Tornou-se um martírio sem sentido, e principalmente desnecessário. Alguma atitude eu precisava tomar.<br />Como não somos previsíveis? Entendíveis somos, ao extremo. Paulo sabe que sou incapaz de fazer qualquer coisa. Paulo sabe que o que mais me mata é o fato de Elisa ser dez anos mais velha que eu. Da minha parte, engulo e aceito, vivo por viver e procuro me distrair como posso. Tereza havia me dito para viajar. <em>Paris</em>, ela disse, seria perfeito. <em>Très bon. Passeie pelos jardins, Montparnasse, vá até Lyon e depois ao saint-etienne.</em><br />'Jardins', pensei - eram ao que Paulo me comparava nos primeiros anos de casamento. Comparações que hoje, infelizmente, me parecem cafonas e antiquadas, e que me fazem lembrar do quanto eu sonhava no início.<br />Relembrando minha juventude matrimonial, acendi o segundo cigarro e resolvi sentar um pouco no parque. Paulo disse-me não saber se voltava hoje, portanto que eu não me preocupasse em deixar comida no forno. Tinha a noite inteira a matar - até a manhã seguinte. Meus planos não eram ambiciosos para esse fim de dia.. muni-me de um maço de cigarros, uma caixa de fósforos e um livro de Virginia Woolf que encontrei numa caixa velha no escritório. Desci do apartamento e caminhei até o parque, após andar sem rumo por algumas ruas arborizadas.<br />Pensei no suicídio. Clichê demais. Dramático. De repente, enquanto lia o livro, sentada e sozinha naquele frio lugar, percebi de um estalo o quão crescida eu havia me tornado. O quão madura e mulher eu de fato era. <em>Já fui até traída</em>, disse minha voz zombeteira. Dei uma risada e continuei a leitura.<br /><br />Já fazia um tempo que eu não conseguia controlar meus pensamentos durante a leitura de um livro. Minhas ideias vagavam infinamente, enquanto meus olhos simplesmente corriam da esquerda para a direita de uma linha para outra. Dessa vez, não foi diferente. Olhei para trás, nos tempos muito distantes de escola, em que intrigas de colegas e boatos maldosos eram as principais questões da minha vida. Meu grupo de amigos, um dos mais intelectualizados da época (não era muito difícil de sê-lo, ao meio de tão burras pessoas) consistia num aglomerado de oito, nove pessoas. Os cinismos, falsidades e pequenas polêmicas eram nossas ocupações mais essenciais. Cresci, um dia, e comecei a trabalhar. Os focos eram outros, cinco anos depois. Contas, dívidas e obrigações eram minhas especialidades então.<br /><em>L'année dernière à</em> faculdade talvez tenha sido o mais doloroso e intenso. Havia passado um bom tempo sonhando em lecionar, quando Paulo entrou em minha vida e meus conceitos tomaram outro rumo. Eu era jovem à época, e sonhava em mudar o mundo. Ele convenceu-me a desfrutar a situação financeira confortável que tinha, sonhar mais alto e mudar <em>meu</em> mundo. Inúmeras discussões ideológicas surgiram entre nós; viver para mudar a sociedade ou me mudar para ser mais feliz e confortável? Optei por uma segunda opção. Hoje, não posso dizer se me arrependo.. desde que Elisa apareceu em minha vida, o passado tornou-se misterioso e indecifrável. Vivo no presente, e sei como será o futuro. Fecho meus olhos e vislumbro o futuro como se ele se limitasse a noites de revezamento na cama: ora com<em> ele</em>, ora sem ele, ora com ele, ora sem ele, ora com ele, ora sem <em>ele</em>...<br />Mas afinal, lembro que pós-graduei-me em Paris. Por insistência de Paulo.. Meu sonho de dar aulas em escolas públicas fora substiuído pelo de trabalhar com traduções e ensinar literatura no exterior. <em>Très chic</em>, soava minha consciência na época, junto com algo complementar que hoje entendo por ser um vazio latente.<br />A esperança morreu em mim, assim como morre em todos em algum momento da vida. Hoje, acredito que ela seja um desencargo de consciência, criada para eufemizar um eterno descontentamento humano e infelicidade inevitável, um fim trágico que invariavelmente nos assola.<br /><br />É claro que se Paulo dissesse <em>eu te amo</em>, desistira dessa baboseira schopenhaueriana.<br />E agora? Lembro de meus sonhos, meu passado.. foi assustador, décadas atrás, ver minhas ideologias mudando. Parecia tão certa de mim.. Mas esse meu eu parece <em>tão</em> embaçado, agora..<br /><br />Acendo mais um cigarro e viro a página.<br /><br /><br /><em></em><br /><em></em><br /><em></em><br /><em></em><br /><em></em><br /><em></em><br /><em>Pour ma mère, Luiza, Antoine & Aurélie, Paris et mon future.</em>Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-48947598813490966542009-01-02T07:09:00.001-08:002009-01-02T07:30:13.310-08:00Ventos da LiberdadePor dentro das aparências, quando desconsideramos aquilo que tentamos fingir e somos sinceros para nós mesmos, certas constatações tristes têm de ser feitas.<br />Há tempos venho tentando manter uma amizade que demonstra sinais de fraqueza, e que pensei um tempo afastado fosse dar um novo fôlego como uma vez aconteceu de forma surpreendentemente prazerosa. Mas dessa vez não ocorreu como imaginava.<br />Após muitas justificativas, argumentos e promessas infindáveis, cheguei à conclusão de que a pessoa não precisa de mim.<br />Isso é um drama?<br />Não, é apenas uma verdade. Nem eu preciso dela.<br />Assim que soube que fui substituido, que todos aqueles momentos inesquecíveis que roguei para que fossem repetidos foram executados com muito mais entusiasmo com outro, que definitivamente não faço falta, qe minha presença atrapalha, senti raiva. Senti ódio.<br />Depois, senti-me traído.<br />E agora que escrevo isso, sinto que agora estou livre.<br /><br />Agora eu percebo que sou uma pessoa misericordiosa e perdôo fácil, os outros apenas precisam dar-me provas de que os erros foram unicamente deles ou de ambas as partes. Amo o fato de seres humanos serem falhos, então seria incoerente julgá-los pelas más atitudes sempre.<br />Mas condescendência tem limite, e meu senso de perdão também.<br />Já não é mais uma fase.<br />Não é mais uma época em que surgiu o interesse por outra pessoa enquanto eu perdi a graça, como naturalmente ocorre num grupo de amigos.<br /><br />Eu estaria em prantos se essa situação tivesse se mostrado clara há um mês, uma época em que não trabalhava e portanto todos os efeitos que essa ocupação têm sobre mim agora, psicológica e emocionalmente, ainda não haviam revirado meus conceitos de importância e fundametalidade.<br />Agora, eu me saúdo por conseguir ostentar uma amizade que parece excelente e que no entanto, está completamente destroçada e cheia de mágoas e rancores. Aos olhares dos outros, tudo está bem. Sinto-me mais e mais humano, e nesse quesito, num ponto essencial: na capacidade de inventar e suportar algo que não existe.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-17133949018353322062008-12-31T11:56:00.000-08:002008-12-31T12:11:29.492-08:00O que sou, em 2009.Enfim, eis que chega ao fim o último dia do ano..<br />Sempre chega aquele momento de fazer o balanço final das coisas, o que de proveitoso tiramos e o de negativo tentamos abstrair.<br />Aquela época de promessas não-cumpridas e metas a serem descartadas lá pra fevereiro, ou março, quando o dia-a-dia e a rotina começam de novo e temos, muitas vezes, de abrir mão de mudanças que nos prometemos fazer..<br />Mas nada disso é ruim, pelo contrário! As grandes surpresas nos pegam desprevenidos quando menos esperamos algo novo.<br /><br />Esse ano, desde o início, senti ser decisivo. <em>Decisivo</em>; uma palavra que repeti diversas vezes nesse blog, e no extinto Purgatorying. Que ainda existe, por sinal.. me permito o luxo de invadir minha própria mente em tempos remotos, pra entender melhor o que fui e o que pensava.<br /><br />Mudei de quarto. Agora, não tenho apenas 3 metros quadrados para preencher com minha personalidade e corpo físico. Tenho mais; uma janela, um computador excelente, uma ótima cama e uma janela que me permite voar, sentado aqui mesmo escrevendo um post.<br />Conheci a fundo alguns professores. Faber tornou-se um amigo, Carla uma amiga, Daniel um amigo. Osvaldo, um amigo distante, longe em sua própria Espanha.<br />Julia virou uma enorme amiga, distanciei-me de alguns, como Arthur, mas nossa amizade continua forte, sei disso. Nos prometemos isso.<br />As brigas constantes com minha mãe só comprovam aquilo que sempre soube: que posso contar com ela, até nas discussões homéricas, em que não consigo me segurar e caio na gargalhada.<br /><br />Conheci músicas maravilhosas e aprendi a ser altruísta. Optei de vez pela Licenciatura, e não sou mais obcecado pelas pessoas. Fiquei muito tempo obcecado por homens que na verdade, apenas representavam meu modelo próprio, unicamente sólido e perfeito de ideal inalcançável.<br />Percebi que todos somos falhos, e que não sou tão diferente assim das pessoas. E que muito pelo contrário, sou até mais saudável do que muitos..<br />O sexo masculino tornou-se algo mais próximo, não tão impossível como antes.<br /><br />Estou no meu primeiro emprego, e a melhor parte é conhecer homens e mulheres com o mesmo gosto para filmes que eu. Outro dia mesmo, sentei no chão e fiquei conversando com um cara sobre filmes e diretores, intenções e originalidades, que nunca tinha visto antes.<br />E descobri que o nome de alguém é o de menos.. afinal, é só um nome.<br /><br />Aprendi a não adiar as coisas que quero fazer e conseguir, o nosso tempo é curto.<br />Entendi-me em parte, o que gosto e o que não gosto.<br />Respeito-me agora, independente de peso, sexualidade, opções, preferências, gostos, desejos, ambições. Eu sou Breno, apenas isso.<br /><br />E continuarei sendo.<br />Agora em 2009, lá pra 2050, e até a eternidade. Exista ela ou não.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-39187526238032566132008-12-11T16:36:00.000-08:002008-12-11T16:47:33.087-08:00EmpregoQuando recebi a ligação e soube que havia sido contratado para meu primeiro emprego, poucas coisas passaram pela minha cabeça. A primeira havia sido "tá, e agora?". Como se fosse muito difícil sair da praia e ir pra casa, me arrumar e ir pra minha 'primeira vez'. Mas a questão não é essa, eu realmente pensei <em>como faço agora</em>? E vim pra casa, pensando 'cacete, fui contratado!"; cheguei, comi pouco por medo de ter uma indigestão e vomitar tudo no meio da locadora, tomei um banho e me cortei todo com a gillette, me vesti normalmente e fui.<br />Tudo tranquilo.<br />Cheguei morto em casa. Oito horas em pé, enfrentando a fome e a sede, e ainda tendo de ser simpático.<br />O segundo dia foi o mais trabalhoso, mas cheguei menos morto.<br /><br />Não sei..<br />Bem, na verdade, sei. O fôlego que tenho tido agora é graças ao emprego. Não só fôlego físico - mas finalmente me sinto vivo. Agora vejo que precisava de um ocupação - esvaziar a cabeça das besteiras que faço questão - insconscientemente, é claro.. - de pensar, e cansar meu corpo. Fora que agora consigo fazer tudo - ler, ter um tempo só pra mim, ouvir música, ver filmes e trabalhar. E dormir muito e muito bem. Sinto minha respiração, agora.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-65003974915881378022008-12-07T13:44:00.000-08:002008-12-07T13:56:11.219-08:00SubmissãoO que fazemos para manter uma amizade é incrível, e eu me surpreendo pela minha capacidade de virar algo que sempre lutei para não ser.<br />Hoje em dia, não adianta mais ser feminista. Esse movimento já teve sua época específica de acontecer, mas me identifico demais com ele. Um dos pontos que até hoje mantenho em mente, e que foi um dos pilares dele, é o fato de não nos subtermos a nada que seja indigno do que somos. Ou seja, abolir completamente a submissão. Bom, acredito que não é preciso ser uma mulher para adotar essa mudança, portanto concordo demais com ela. E luto para que as pessoas não façam isso. Sonho com o dia da independência definitiva, acredito que será quando criarei um senso único de identidade.<br />Enquanto isso, tento enganar a mim mesmo e aos outros do que sou e o que não sou. Ou para preservar um relacionamento que já me trouxe incontáveis bons momentos, penso que preciso manter-me inalterado. Como se o fato de eu não mudar significasse que tudo fosse continuar como era, e esqueço que por mais que eu me esforce para isso, preciso do esforço do outro envolvido.<br />Às vezes eu queria ser como algumas pessoas, que simplesmente esquecem o passado, apenas olham para a frente e enfrentam o inevitável com valentia e temperança. Mas não sou. Torno-me nostálgico, por vezes melancólico, mas aí depois de um tempo esqueço isso.<br />O mundo, por vezes, me deprime. Aliás, por vezes, eu sofro por ele; e penso que todos no fundo no fundo, são infelizes, e apenas esperam pela hora certa de descobrir essa verdade inegável. Não há com ser feliz.<br /><br />Mas depois eu esqueço isso, vejo que são apenas reflexões de momentos de tristeza.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-37105347135837905942008-12-05T06:32:00.000-08:002008-12-05T07:11:12.887-08:00É isso aí..Estou em paz comigo mesmo. Mas tão intenso!<br />**<br />Para mim, o ano praticamente acaba assim que chega o último dia de aula. Quando ele chega, os dias parecem arrastar-se - ou correr - até o Natal e o Ano Novo. Depois um fôlego toma conta de mim e espero ansioso pelo início de uma nova série.<br />Logo, não é difícil imaginar que minha referência sempre foi escola - de uma maneira positiva ou negativa.<br />Como foi o dia hoje!<br />Tive uma vontade imensa de chorar, e até me envergonho de falar isso. Principalmente porque não vou deixar de ter meus amigos - e por um lado, nem meus professores - mas deixo para trás uma segurança que adquiri aos poucos e deixarei de ter muitas pessoas importantes para mim no dia-a-dia. Sei que não deveria censurar meus sentimentos, mas uma parte de mim justifica esse desejo de desabafar, enquanto outra apenas fala "Caramba, é só mais um ano que passou!"<br />Mas por dentro, estou gritando CARAMBA, MAIS UM ANO PASSOU.<br />E foi O ano.<br />**<br />Foi unicamente lindo presenciar mais um dia final. Parece que todos esquecem das desavenças e hostilidades, e juntam-se num momento que é especial para todos - para uns mais, outros menos - e celebram o fim de mais uma etapa. Seja ao unir-se numa foto, seja ao pintar o cabelo como promessa, seja ao pintar o rosto do amigo com pilot.<br />**<br />E como alguns choravam.. e choravam, e choravam. Não resisti ao ser impulsivo e abraçar um colega meu que vai embora - alguém que ao longo do ano critiquei por conversar demais, berrar demais, atrapalhar a turma. Mas às vezes você simplesmente esquece - e pensa que as coisas são mais importantes do que isso, não vale à pena ser levado à sério, e cede às emoções.<br />**<br />Aquele sorriso inevitável, a tristeza necessária, o frio congelante na barriga. Por aqueles que se vão, por aqueles que virão.<br />Talvez o mais chocante pra mim tenha sido ter de dar adeus aos meus professores. Alguns deles, pelo menos. Já cansei de falar a respeito disso, portanto não alongarei o assunto. E nem darei nome aos bois, o gado em questão já foi informado de que teve uma puta importância pra mim (frase feia, mas estou procurando escrever sinceramente).<br />Ok, ok. Encontrarei nos corredores. Mas e depois? Se o terceiro ano voar como voou o segundo, em breve me verei longe da escola - até voltar, mas assumindo outro papel - e sem meus amigos mais velhos. Amigos que me ensinaram, literalmente.<br />**<br />É aquilo que já chamei de 'mix de emoções'. Confesso que ontem, quando estava absurdamente feliz por tudo, pelo dia, pelas 'aulas', pela vida, sentei no fim da tarde em meu quarto e explodi. Explodi em lágrimas, de tristeza e de felicidade. Chorei mesmo, com muita vontade. Sabe quando vem a palavra 'perfeição' na sua cabeça? Ela esteve na minha por muito tempo. E eu que me considerei infeliz por um tempo, por não ter tido nada emocionante na vida. Achava que tinha tudo e que não tinha nada. Agora vejo que a minha jornada pessoal acaba de começar - lidando com perdas, ganhos e problemas necessários.<br />**<br />Tive um momento de infantilidade e falei à Carla: eu não entendo, como as pessoas podem se gostar e não se encontrar? Para mim é tão simples..<br />E a voooz da sabedoria e da maturidade explicou-me que as coisas são assim mesmo.<br />É a vida..<br />**<br />Só tenho a agradecer. Aos meus amigos, por terem aguentado minhas manias e crises, por terem me dado força quando precisei e pelas brigas que tivemos, nas quais pude entender meus defeitos e compreender os de vocês. Que o nosso bando não se separe ano que vem, é o último, guys! Lembrem-se que somos muitos naquela escola. Fazemos a diferença.<br />**<br />Aos meus professores, por além de terem me ensinado o que era necessário, tornaram-se modelos de vida, de profissão e parâmetro para o que quero ser. Love you, guys. Deeply and muchly.<br />**<br />E as professores que tornaram-se amigos. Obrigado pelo interesse em mim!<br />**<br />Vivi loucamente esses dois anos, não fazendo merda, mas oscilando entre o maravilhoso e o inimaginável.. novas raízes, novos amores, novos amigos e nova vida.<br />**<br />Termino por aqui antes que comece a me emocionar again. Mas dessa vez não negativamente, mas de nostalgia, já.<br />**<br />Amo muito todos vocês.<br /><br /><br /><br /><br />inspired by:<br />Unison - Björk<br />Thank you - Dido<br />Lover, you should've come over - Jeff Buckley<br />It's a bitch to grow up - Alanis MorissetteBrenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-51203165266162043532008-11-29T06:17:00.000-08:002008-11-29T06:19:21.384-08:00Sob o céu de novembroAs estrelas essa madrugada em Petrópolis estavam tão lindas..<br />De vez em quando não me perdoo por ter passado tantos anos sob esse céu que nos protege sem nunca ter olhado para cima.<br />Na hora de ir embora, olhei para o chão; e um pequeno ponto luminoso verde estava no cimento. Vaga-lume.<br /><br />Hoje estava tudo tão escuro..Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-40234394771748619152008-11-27T16:31:00.000-08:002008-11-27T16:35:29.899-08:00I'm tired of it allEstou cansado. Estou puto, estou decepcionado, estou triste.<br />Às vezes as pessoas esquecem que todos os relacionamentos devem ser tratados como plantinhas de canteiro. Sabe?, você planta mas tem que ficar regando de vez em quando pra que elas não morram?<br />E detesto estupidez. E falta de consideração.<br />Os mais inesperados se tornam seus novos amigos quando os mais íntimos esquecem que a intimidade não dá o direito do afastamento, apenas porque a proximidade é tanta que parece que isso pode ser feito. Mas não pode.<br />Foda-se.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-77224991423524213202008-11-26T14:53:00.001-08:002008-11-26T14:54:14.970-08:00WildnessO que faríamos, cada um de nós, se estivéssemos isolados num lugar inabitado?<br />Hoje, maioria me disse que se mataria.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-5233212085005840032008-11-24T14:55:00.000-08:002008-11-24T15:10:59.367-08:00Tradução livre de Red LightDois podem ser completos sem o resto do mundo.. Dois podem ser completo sem o resto do mundo. Faça isso pelas pessoas que morreram pelo seu bem, uma geração inteira que não tem nada a dizer. Como você faria, do seu jeito, para chegar até mim?<br />Vamos supor que você fez um trato comigo; e eu tenho o seu nome e seu endereço. E você está toda vestida com esse cinto vermelho gigante, e eu quase digo que está precisando de ajuda. Eu levo você comigo na próxima.. luz vermelha.<br />Nenhuma garota poderia me fazer amá-la mais do que amo.<br />Não consegue ver que o céu não é mais o limite?<br />Eu consigo ver o elevador esmagado contra o chão.<br />Eu ainda consigo ver o ontem indo embora.<br />Sete bilhões de pessoas que não têm nada a dizer.. você vem comigo? Eu vi o seu rosto e escutei aquela música, era tão convidativa que meus osssos doeram. Bem, parece com você, mas seus olhos estão cinza.. and your hair is gone but your mind's ok.<br />Sim, eu adoro seu sorriso, mas sua testa está fria; não quero que você sinta medo e vá embora.<br />Eu trairía e mentiria e roubaria, agora eu ficaria em casa e me ajoelharia por você.<br />Dois podem ser completos sem o resto do mundo.. bem, você sabe que eu disse isso apenas para fazê-la rir. Faça isso pelas pessoas que morreram pelo seu bem, uma geração inteira para culpar divertidores.<br />A luz está vermelha, a câmera está ligada. Pegue um advogado e uma arma.. odeie os novos amigos do seus amigos como todo mundo, o final da infância pode ser tão competitivo! O céu não é o limite e você nunca saberá qual é..Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-46635558982212378252008-11-24T12:47:00.001-08:002008-11-24T13:00:42.577-08:00Utopia<div align="left">Às vezes precisamos nos desligar da realidade - mais do que já estamos desconectados, por naureza (o que é realidade?) - e voltar a sonhar, criar utopias e sonhar com coisas inexistentes e imposíveis.<br />A letra abaixo reflete isso. Não a utopia de um mundo colorido, cheiroso, sem pobreza ou miséria, assassinato ou suicídio. Mas um em que homens e mulheres se entendessem. E compartilhassem e divulgassem e se abrissem e envolvessem e permitissem e perdoassem.<br />A letra da Alanis é do Under Rug, um álbum em que ela já começa dizendo que gostaria de um parceiro que simultaneamente fosse homem e mulher. O quão perfeito seria isso..?</div><div align="left">Homens e mulheres seriam na teoria, complementares, por um ter a força e outro a senibilidade, um o intelecto e o outro a emoção. Mas bem sabemos que por essas divergências, o amor seri suposto para juntar e superar as barreiras e diferenças. Mas no dia-a-dia..</div><div align="left">Por isso casais com pessoas do mesmo sexo tendem a dar certo, são mentalidades parecidas e necessidades semelhantes. Poderia passar horas escrevendo sobre problemas de casais (ironicamente, sem ter sido casado. mas presencio vários casos tão de perto e busco tanto a visão feminina disso tudo...) mas não é necessário, essa questão é entendida por todos.</div><div align="left">Por isso a utopia de que, um dia, homens e mulheres poderiam finalmente se entender e amar incondicionalmente.</div>Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-6041621585114710572008-11-21T14:57:00.000-08:002008-11-21T15:02:18.820-08:00Utopia - AlanisWe'd gather around all in a room <br />fasten our belts engage in dialogue<br />We'd all slow down rest without guilt <br />not lie without fear disagree sans judgement<br /><br />We would stay and respond and expand and include a<br />nd allow and forgive and enjoy and evolve <br />and discern and inquire and accept and admit <br />and divulge and open and reach out and speak up<br /><br />This is utopia this is my utopia <br />This is my ideal my end in sight<br />Utopia this is my utopia<br />This is my nirvana<br />My ultimate<br /><br />We'd open our arms <br />we'd all jump in <br />we'd all coast down <br />into safety nets<br /><br />We would share and listen and support and welcome <br />be propelled by passion not invest in outcomes <br />we would breathe and be charmed and amused by difference<br />Be gentle and make room for every emotion<br /><br />We'd provide forums <br />we'd all speak out <br />we'd all be heard <br />we'd all feel seen<br /><br />We'd rise post-obstacle more defined more grateful <br />we would heal be humbled and be unstoppable <br />we'd hold close and let go and know when to do which <br />we'd release and disarm and stand up and feel safe<br /><br />This is utopia this is my utopia<br />This is my ideal my end in sight<br />utopia this is my utopia<br />this is my nirvana<br />my ultimate.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-73037808484337922062008-11-19T12:38:00.000-08:002008-11-19T12:42:39.299-08:00PopularidadeSabe uma coisa que eu acho irônica, explícita quanto à falsidade que nos rodeamos e adorneamos, e que comentamos por alto mas nunca levamos a fundo?<br />O fato de possuírmos 300, 400, 500, 600 amigos no Orkut. Quantos prestam?<br />80, 90 pessoas no msn.<br />Com quantas você fala?<br /><br />"Prestar" não é a palavra correta, eu sei. Mas é como vejo as coisas. De 100 amigos, 80 vêm te adicionar apenas para parecer mais popular e social. Por mais que cada um, pessoalmente, nem te dê bom dia. E por quê?<br /><br />Strokes já diziam: "<em>Seven billion people who got nothing to say"</em>.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-43391562925115420962008-11-18T14:06:00.001-08:002008-11-19T15:14:47.410-08:00HyperballadAgora que o final do ano está próximo, novas e velhas emoções têm sido despertadas.. Hoje mesmo, estava baixando músicas que marcaram momentos importantes na minha vida ano passado, e vendo como elas soam agora - literalmente. Tão chocantes quanto antes? Ainda me dão vontade de chorar? Me excitam pela manhã, me empolgam, me fazem feliz?<br /><br />Hyperballad é uma das minhas músicas favoritas. Feita pela Björk, com uma letra triste mas sincera, ela diz mais ou menos o seguinte:<br />Ela acorda, bem cedo pela manhã. É realmente muito cedo, ninguém acordou ainda. Ela então vai para o topo de uma montanha e começa a tacar pequenas coisinhas fora. Pratos, garfos e outras coisas mais. E diz que passa por isso tudo antes que 'você' acorde, para que se sinta mais segura e feliz..<br />Enquanto faz isso, ela imagina como soaria se seu corpo fosse jogado lá de cima, chocando-se contra aquelas rochas. E quando tudo isso terminasse, seus olhos: abertos ou fechados?<br /><br />A letra caótica e dramática é uma maneira pessoal da cantora de expressar aquilo que todos nós sentimos: de em determinados momentos, explodir, livrar-nos de nosso corpo e de todos os problemas. Para que possamos acordar novos, reciclados, sem afetar aqueles que amamos.<br /><br />Já em Headphones, ela diz:<br />"My Headphones<br />They saved my life.<br />Your tape, it let me to sleep".<br /><br />O que mais é preciso dizer..?Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-78582301595679766442008-11-17T12:05:00.001-08:002008-11-17T12:05:43.242-08:00Letras IIInglês.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-65218823605900278912008-11-15T05:40:00.000-08:002008-11-15T08:32:39.101-08:00Judy! Judy! Judy!Dia desses a Luiza tava compartilhando comigo o desejo de ter vivido naquela época em que as pessoas não tomavam banho.<br />Tá, não foi por <em>isso</em> que ela queria ter vivido no passado, mas sim porque era uma época foda, legal e divertida (o porém é que ninguém escovava os dentes nem se banhava XD).<br /><br />É, eu também. Mas queria ter vivido num musical da Judy Garland. Oi =D<br />Sério, seria tão foda!<br />Tá certo que ela sofreu como uma filha da puta (HUAUHUHAUHA, eu adoro essa expressão. Mamãe eternizou pra mim contando que quando foi assistir A Cor Púrpura no cinema, a mulher atrás dela disse "Nooooooooooossa, esse filme é bom, mas ela soooofre que nem uma filha da puta!"), mas pelo menos ela cantava, dançava e vivia a efervescência dos anos 40.<br />Ok, eu queria estar num filme dela ou ser ela?<br />Ah, tanto faz.<br />Imagina eu cantando até chegar em Oz?<br />Os passarinhos iam morrer, mas tudo bem.<br />O que importa é que todo mundo tem talento nesses filmes.<br />Sinto nostalgia por uma época que não vivi, mas não lamento a que vivo. Não ia adiantar nada lamentar, anyways XD<br /><br />Enquanto não estrelo um musical, fico cantando Judy no meu quarto, mesmo.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-66980856812866070062008-11-11T10:30:00.000-08:002008-11-11T10:59:24.875-08:00Cansaço.Cansaço, cansaço.<br />Estou descansado de muitas paranóias que frequentemente me assaombram, medos que tornaram-se hábitos e que agora não me afligem mais. Um passo rumo ao estado de auto-aceitação e compreensão interna, em que reconheço eu em mim mesmo e todos os meus defeitos e qualidades.<br />Enquanto todos estão com aquele cansaço clichê de fim de ano - oh, provas, aulas, reta final! - minha exaustão está em tentar compreender as coisas à minha volta e as pessoas que sempre fizeram parte da minha vida.<br />Houve um tempo em minha vida que encarar o dia-a-dia sem crises existenciais era algo impensável. De um mês para cá, tornei-me frio e passível a isso. Tentar desvendar qual a minha missão na Terra e o que me espera após a morte me soa extremamente patético. Acreditar em Deus mais ainda. Mais; me parece estupidez e atraso mental. Honestamente.<br />O mais triste em um relacionamento é ser a única parte interessada.<br />Sinto-me traído, em todos os aspectos. Vingança, o que seria vingança? Isso que desejo, mas nunca executaria? E quem seria hipócrita ao tentar me julgar por desejar algo tão vil?<br />Quem pode me julgar? Ninguém, nem Deus. Tento provar o quê a quem, então?<br />Por que passei tanto tempo me dizendo que não sou o que sou? Que não penso o que penso? Me olhando no espelho torcendo para que chegasse o dia em que acordasse do terrível pesadelo de ver minha imagem refletida, esse ser abjeto e desprezível interior e exteriormente?<br />Sinto-me novo e por isso mesmo cansado. Cansado de nada novo, aborrecido por desejar quando não sou desejado, ou querer desejar e não conseguir.<br />O fim do ano está próximo e avisto novos horizontes. Fáceis?<br />Sim?Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-87186355929808711742008-11-05T10:31:00.000-08:002008-11-05T10:33:28.123-08:00LetrasInglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês Inglês Literatura Francês ?Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-43659514751878315072008-11-03T10:52:00.000-08:002008-11-03T10:57:14.935-08:00InfelicidadeÉ quando você começa a só se relacionar com pessoas mente-abertas, cultas e sem preconceitos que você percebe que a grande maioria dos outros.. não é. Ou quando você sente uma agonia e desespero ao ver que de repente, a vida das pessoas mais próximas à você foi um lixo, e a sua poderia seguir o mesmo rumo. Tudo pra sair. Tudo para não ficar assim. Tudo para ser o contrário. E se não conseguir? Existe mil tipos de infelicidade, e das mais mascaradas possíveis. Socorro..Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-23731076049716195972008-11-02T10:29:00.000-08:002008-11-02T10:51:35.779-08:00ValeHá alguns minutos, acabei uma conversa extensa e exaustiva com minha mãe. Uma daquelas que acaba surgindo do nada e se entrelaça em assuntos que não imaginávamos fossem entrar na discussão e acabam resultando em algo bem mais sério do que supunhamos. Algo sobre como as coisas acabam nos prendendo e nos atando e nos fazendo depender delas e acabam podando nossos sonhos e viram desculpas para nosso fracasso na vida. Petrópolis sempre foi minha fuga meu Sanssouci meu paraíso e minha própria desculpa por um tempo. Minha preocupação durante a conversa com minha mãe passou de como começar a juntar dinheiro para quando a casa ficar para mim e poder fazer uma reforma talvez colocá-la à baixo talvez apenas consertar o que é realmente necessário aos poucos talvez fazer tudo de uma vez para afinal, mantê-la ou não. Mantê-la? Viver num lugar pequeno aqui para manter uma casa enorme num lugar que vou acabar me sentindo na obrigação de ir apenas porque é grande e me custa caro? Preciso ser real e consciencioso de que não vou ser milionário muito pelo contrário, e viver de lembranças sempre foi uma das minhas características mas isso é ridículo. Vivendo do passando esqueço do presente. E o que tem numa casa afinal? Como mamãe disse, é a Maldição do Vale (das Videiras). Acabamos todos ficando presos à ela atado à ela dependentes dela. Acabou sendo para nós um contexto e não apenas uma casa, o Vale simboliza todas as circunstâncias que nos envolve e desvençilhar-se delas é não só necessário mas quase obrigatório.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-53496313487526249262008-10-30T16:31:00.000-07:002008-10-30T16:43:49.311-07:00A flor e a NáuseaPrêso à minha classe e algumas roupas,<br />vou de branco pela rua cinzenta.<br />Melancolias, mercadorias espreitam-me.<br />Devo seguir até o enjôo?<br />Posso, sem armas, revoltar-me?<br /><br />Olhos sujos no relógio da tôrre;<br />Não, o tempo não chegou de completa justiça.<br />O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e<br /> espera.<br /><br />O tempo pobre, o poeta pobre,<br />fundem-se no mesmop impasse.<br /><br />Em vão me tento explicar, os muros são surdos,<br />Sob a pele das palavras há cifras e códigos.<br />O sol consola os doentes e não os renova.<br />As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem<br /> ênfase.<br /><br />Vomitar êsse tédio sôbre a cidade.<br />Quarenta anos e nenhum problema<br />resolvido, sequer colocado.<br />Nenhuma carta escrita nem recebida.<br />Todos os homens voltam para casa.<br />Estão menos livres mas levam jornais<br />e soletram o mundo, sabendo que o perdem.<br /><br />Crimes de terra, como perdoá-los?<br />Tomei parte em muitos, outros escondi.<br />Alguns achei belos, foram publicados.<br />Crimes suaves, que ajudam a viver.<br />Ração diária de êrro, distribuída em casa.<br />Os ferozes padeiros do mal.<br />Os ferozes leiteiros do mal.<br /><br />Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.<br />Ao menino de 1918 chamavam anarquista.<br />Porém meu ódio é o melhor de mim.<br />Com êle me salvo,<br />e dou a poucos uma esperança mínima.<br /><br />Uma flor nasceu na rua!<br />Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.<br />Uma flor ainda desbotada<br />ilude a polícia, rompe o asfalto.<br />Façam completo silêncio, paralisem os negócios,<br />garanto que uma flor nasceu.<br /><br />Sua côr não se percebe.<br />Suas pétalas não se abrem.<br />Seu nome não está nos livros.<br />É feia. Mas é realmente uma flor.<br /><br />Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde,<br />e lentamente passo a mão nessa forma insegura.<br />Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.<br />Pequenos pontos brancos movem-se no ar, galinhas em<br /> pânico.<br />É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo<br /> e o ódio.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-12839367759589320262008-10-29T10:03:00.000-07:002008-10-29T10:07:40.129-07:00Tranqüilidade.Hoje eu descobri que as coisas podem ser tranqüilas.<br /><br />"Medo da morte?<br />Acordarei de outra maneira,<br />Talvez corpo, talvez continuidade, talvez renovado,<br />Mas acordarei.<br />Se até átomos não dormem, por que hei-de ser eu só a dormir?"Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-29509257434563246882008-10-22T08:46:00.000-07:002008-10-22T09:05:57.708-07:00A profundidade do mundoOh, que ruim ser mal interpretado! E sempre acabo gerando isso. Explicando-me melhor a respeito da última postagem, o que quis dizer com o vazio das pessoas é que..<br /><br />O que eu quero dizer, afinal?<br />Afinal, existe alguém puramente desinteressante por dentro? Por trás de máscaras, convenções e comodismos? Cada vez mais é difícil ser você mesmo em nosso mundo. Eu acho lindo quando uma pessoa doa-se à outra, e vice-versa; o fato de absorvermos características alheias é a prova de que reconhecemos as máximas qualidade naqueles que gostamos. Seja adquirindo uma mania, um tique, uma frase, uma expressão.. trazemos para nós o que é fonte de respeito. Eis um dos motivos pelos quais nós, seres-humanos, somos uma só unidade.<br />De onde vem o vazio? É difícil afirmar, apenas sentimos. Mesmo uma patricinha fútil tem sua própria sabedoria. Um exemplo disso é Paris Hilton, que uma vez afirmou que nunca seria quem é no seu íntimo, uma vez que as pessoas nunca entenderiam nem respeitariam; e isso comprova o que disse ali em cima. Para ela, sua conseqüência é passar-se de idiota pretensiosa.<br />O fato de termos inúmeros preconceitos - e isso foi O tema de ontem, em debates na psicóloga e com meus amigos - é o que nos impede de reconhecermos nossas opiniões primordiais e estabelecer um ponto de partida para construir demais conceitos. Eles são importantes, sim - o problema é que acabamos dando um sentido muito amplo para a palavra.<br />Em falar em palavras, o que no fundo no fundo, elas representam? Eu e meus amigos já zombamos demais de pessoas próximas, que desconheciam o sentido de palavras tolíssimas. E ontem aprendi que não tenho moral para isso - o que importa é que os outros saibam qual o significado que elas expressam. Não sou um dicionário ambulante. Nem os outros. Não posso esperar isso deles. Muito menos de mim.<br />Isso está relacionado ao meu antigo conceito de vazio - uma pessoa é vazia por não ser culta? letrada? apta a discursar exímiamente em qualquer assunto? ou é vazia apenas porque não construímos um elo de ligação com elas?<br />Para mim, esse era o conceito de vazio. Permaneceu no meu imaginário aquela imagem-clichê de estudantes populares - pegadores, estúpidos, bonitos e preconceituosos. Eu, justamente eu, que prego TUDO contra qualquer tipo de preconceito, acabei cedendo à ele.<br />Uma pessoa não é <em>rasa</em> apenas porque não tenho papos profundos com ela. Ou porque não lê os livros que leio, as músicas que escuto, os filmes que assisto.<br />Pensava justamente o contrário até ontem, quando revi essa opinião. É uma espécie de narcisismo, achar que só são profundos aqueles que pensam como eu.<br />E afinal, por que se preocupar com quem é vazio e quem é profundo? Sempre haverá opiniões discordantes sobre quem é ou não é, já que depende de pontos de vista.<br /><br />O erro foi meu, ao achar que todos têm de seguir um padrão de intelectualidade e dedicação.<br />É hora de mudança.Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-51252041597086758932008-10-19T14:22:00.000-07:002008-10-19T14:27:12.742-07:00O vazio das pessoasEu lamento tanto o fato de ter passado momentos na minha vida procurando nas pessoas erradas aquilo que sempre quis que elas fossem, quando na verdade a felicidade se encontra nos amigos ao meu redor.. Os verdadeiros amigos, que estupidamente demorei a aceitá-los, e enxergar que é com eles que sou eu, no meu íntimo. Hoje eu entendo que quando tentei me desvençilhar deles, apenas consegui alcançar o vazio dos populares, dos apenas bonitos; e me assusto ao constatar o quão carente são, e como a impressão idealizada deles apenas me fez correr atrás de coisas sem sentido.<br />Mas aprendi que quando falamos nas pessoas em geral, é apenas isso mesmo que queremos dizer - pessoas em geral. Isoladas, são todos tão interessantes..Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8817753072047251709.post-6234313074881823762008-10-13T13:00:00.000-07:002008-10-13T13:33:51.296-07:00A paixão dentro de mimEstou aqui, sentado, num bela segunda-feira na qual preciso me preparar para a prova de matemática, mas antes disso preciso viver coisas mais importantes e urgentes; a satisfação de poder sentar em paz no meu quarto, confortável e recheado das músicas de sempre, mas que transmitem melhor do que qualquer coisa aquilo que sinto.<br />De uns tempos para cá, minha vida tem mudado radicalmente. Consegui me sair um pouco melhor nas provas, e no entanto não estudei tanto para conseguir isso. Isso é um alívio. Uma amiga minha fica extremamente estressada quando chega a reta final do ano, momento em que temos de nos esforçar um pouquinho mais - ou simplesmente relevar - para acabar logo o ano e passarmos.<br />Mas não. Comigo tem sido diferente; venho combatendo uma dualidade interna, o desejo de acabar logo o 2º ano que pra mim, foi extremamente complicado, e prolongar esses últimos meses que têm sido atordoantes - que ironia!<br />Não tive muita emoção no início do ano. Cheguei num ponto esquisito, no qual só conseguia viver para mim mesmo e um grupo restrito de pessoas com quem me relaciono bem, e só. Mais do que a bolha natural em que vivo, isolei-me de tudo e todos.<br />**<br />O que me surpreende é como às vezes as mudanças ocorrem tão abruptamente que só podemos interpretá-las como um processo natural, um rumo inevitável que decorre daquilo que nos esforçamos para conseguir. É uma das dádivas da vida.<br />Poucas pessoas têm aquele sentimento desesperador de vazio que assola aqueles que, no fundo, não têm do que reclamar. Escola cara, boa casa, comida de sobra, dinheiro para se divertir à vontade. É uma merda, em determinados momentos.<br />O que leva os finlandeses ao suicídio e aquele condenado à trabalhar e sem perspectiva de progressos que mora no meio da favela da Maré a continuar vivendo? São coisas que passam pela minha cabeça..<br />**<br />O que me deixa emocionado - de verdade - é quando concluo que os maiores enigmas que temos de solucionar são aqueles que se encontram dentro de nós mesmos. Passamos anos e anos investindo no conhecimento do Universo, do Mundo, do Planeta, quando o nosso verdadeiro cosmo é inexplorado. Temos mania de grandeza, não conseguimos aceitar que às vezes as coisas são extremamente complexas, e em outras, tão simples..<br />**<br />Faz umas semanas, fiquei insanamente feliz por ver que algumas pessoas à minha volta mudaram. Uma, em especial, que no meu passado foi de incomensurável importância. E o mais estranho - além de termos recuperado um pouco do contato perdido - foi notar que, no fundo, a mudança não foi somente dele - mas minha. Sou à favor de uma campanha mundial em que todos deixaremos de lado a Disney, a Paris, a New York, a Milão - e faremos um turismo interno, uma aventura dentro de nossos próprios sentimentos, sentidos, emoções. Descobrir o porquê afinal, de sermos tão únicos, tão inseparáveis e próximos - ao mesmo tempo tão distantes, isolados, carentes. Principalmente carentes. O que é o amor, senão uma necessidade de autoafirmação? Somos todos um só. Somos todos uma unidade, separadas pelo próprio amor, por essa coisa linda que a todo custo tentamos recuperar.<br />**<br />Acho que as pessoas não sabem o que é amor. Para os adolescentes é encontrar alguém próximo, que desperta um pouco mais de interesse e diga palavras doces. Mas cadê a profundidade?<br />Acho que as pessoas pensam demais no sexo. Tanto no sexo-gênero quanto no sexo-ato. São julgadas por ele, por quem elas fazem e por que elas fazem, e com quem elas fazem. Acredito que já por um processo histórico e cultural, minha geração hipervaloriza um ato que apenas proporciona segundos de orgasmo e só. Vivemos em torno de uma coisa animalesca, natural e contraditoriamente taxada como tabu.<br />**<br />Mas afinal, quem sou eu para dizer isso? Na minha opinião, o amor só pode ser considerado amor puro quando as pessoas desvinculam o sexo dele. E o desejo inconsciente de reprodução. Ou você reconhece que somos todos animais e gostamos disso (Sienna Miller já dizia), portanto assume que é movido por impulsos e desejo de reprodução e desvincula o amor, ou se enxerga como a evolução, que discerne o amor do sexo. Mas afinal, quem sou eu para dizer isso?<br />**<br />Sinto-me novo, como se tivesse nascido de novo. Por estar recuperando elementos simbólicos de uma infância que já passou (amizades, por exemplo), sinto-me mais jovem do que nunca. Por estar lendo e interpretando coisas que nunca antes pude compreender, por estar agindo mais independente do que nunca e mais perto ainda de um final que representa o término de uma longa etapa, sinto-me mais homem do que nunca.<br />**<br />Sinto-me grato. Mas não à Deus, estou numa fase de negação. Por que os homens não aceitam que vão morrer e <em>acabou</em>? Por que tem de haver anjos e Deus depois, um Purgatório (ainda que adore essa idéia), um Inferno, ou uma troca de corpos? Morreu, 'cabou. Se conforma, cara. Tem nenhum Céu depois não. Nenhum de nós merece. Olha à sua volta. <em>I see poverty</em>. De espírito, de moral, de corpo, de dinheiro.<br />**<br />Por que as pessoas não olham <em>mais</em> para o interior das outras? O corpo murcha, fica com pelancas, pêlos onde não devia, rugas em lugares inimagináveis. Mas dentro? O interior é imortal!<br />**<br />Voltei a me apaixonar pelas pessoas. Algumas, em especial. Um sorriso lindo dá vontade de chorar, os olhos nos prendem. O futuro nos espera, o passado nos prende, mas por quê? Vivamos o presente, e o que virá depois. Deveríamos todos nascer outra vez, tenho certeza que nasceríamos tão melhor..Brenohttp://www.blogger.com/profile/07176075651716369680noreply@blogger.com1