sometimes i sit and think. sometimes i just sit.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Submissão

O que fazemos para manter uma amizade é incrível, e eu me surpreendo pela minha capacidade de virar algo que sempre lutei para não ser.
Hoje em dia, não adianta mais ser feminista. Esse movimento já teve sua época específica de acontecer, mas me identifico demais com ele. Um dos pontos que até hoje mantenho em mente, e que foi um dos pilares dele, é o fato de não nos subtermos a nada que seja indigno do que somos. Ou seja, abolir completamente a submissão. Bom, acredito que não é preciso ser uma mulher para adotar essa mudança, portanto concordo demais com ela. E luto para que as pessoas não façam isso. Sonho com o dia da independência definitiva, acredito que será quando criarei um senso único de identidade.
Enquanto isso, tento enganar a mim mesmo e aos outros do que sou e o que não sou. Ou para preservar um relacionamento que já me trouxe incontáveis bons momentos, penso que preciso manter-me inalterado. Como se o fato de eu não mudar significasse que tudo fosse continuar como era, e esqueço que por mais que eu me esforce para isso, preciso do esforço do outro envolvido.
Às vezes eu queria ser como algumas pessoas, que simplesmente esquecem o passado, apenas olham para a frente e enfrentam o inevitável com valentia e temperança. Mas não sou. Torno-me nostálgico, por vezes melancólico, mas aí depois de um tempo esqueço isso.
O mundo, por vezes, me deprime. Aliás, por vezes, eu sofro por ele; e penso que todos no fundo no fundo, são infelizes, e apenas esperam pela hora certa de descobrir essa verdade inegável. Não há com ser feliz.

Mas depois eu esqueço isso, vejo que são apenas reflexões de momentos de tristeza.

Um comentário:

Faber disse...

O problema é que a gente pensa demais! Sério, as vezes me pergunto se a boa não é ser ignorante e viver curtindo cada dia, acreditando nas verdades da mídia e ligando pra rádio a manhã inteira pra tentar garantir um ingresso pra ViaShow no fim de semana.