sometimes i sit and think. sometimes i just sit.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O que sou, em 2009.

Enfim, eis que chega ao fim o último dia do ano..
Sempre chega aquele momento de fazer o balanço final das coisas, o que de proveitoso tiramos e o de negativo tentamos abstrair.
Aquela época de promessas não-cumpridas e metas a serem descartadas lá pra fevereiro, ou março, quando o dia-a-dia e a rotina começam de novo e temos, muitas vezes, de abrir mão de mudanças que nos prometemos fazer..
Mas nada disso é ruim, pelo contrário! As grandes surpresas nos pegam desprevenidos quando menos esperamos algo novo.

Esse ano, desde o início, senti ser decisivo. Decisivo; uma palavra que repeti diversas vezes nesse blog, e no extinto Purgatorying. Que ainda existe, por sinal.. me permito o luxo de invadir minha própria mente em tempos remotos, pra entender melhor o que fui e o que pensava.

Mudei de quarto. Agora, não tenho apenas 3 metros quadrados para preencher com minha personalidade e corpo físico. Tenho mais; uma janela, um computador excelente, uma ótima cama e uma janela que me permite voar, sentado aqui mesmo escrevendo um post.
Conheci a fundo alguns professores. Faber tornou-se um amigo, Carla uma amiga, Daniel um amigo. Osvaldo, um amigo distante, longe em sua própria Espanha.
Julia virou uma enorme amiga, distanciei-me de alguns, como Arthur, mas nossa amizade continua forte, sei disso. Nos prometemos isso.
As brigas constantes com minha mãe só comprovam aquilo que sempre soube: que posso contar com ela, até nas discussões homéricas, em que não consigo me segurar e caio na gargalhada.

Conheci músicas maravilhosas e aprendi a ser altruísta. Optei de vez pela Licenciatura, e não sou mais obcecado pelas pessoas. Fiquei muito tempo obcecado por homens que na verdade, apenas representavam meu modelo próprio, unicamente sólido e perfeito de ideal inalcançável.
Percebi que todos somos falhos, e que não sou tão diferente assim das pessoas. E que muito pelo contrário, sou até mais saudável do que muitos..
O sexo masculino tornou-se algo mais próximo, não tão impossível como antes.

Estou no meu primeiro emprego, e a melhor parte é conhecer homens e mulheres com o mesmo gosto para filmes que eu. Outro dia mesmo, sentei no chão e fiquei conversando com um cara sobre filmes e diretores, intenções e originalidades, que nunca tinha visto antes.
E descobri que o nome de alguém é o de menos.. afinal, é só um nome.

Aprendi a não adiar as coisas que quero fazer e conseguir, o nosso tempo é curto.
Entendi-me em parte, o que gosto e o que não gosto.
Respeito-me agora, independente de peso, sexualidade, opções, preferências, gostos, desejos, ambições. Eu sou Breno, apenas isso.

E continuarei sendo.
Agora em 2009, lá pra 2050, e até a eternidade. Exista ela ou não.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Emprego

Quando recebi a ligação e soube que havia sido contratado para meu primeiro emprego, poucas coisas passaram pela minha cabeça. A primeira havia sido "tá, e agora?". Como se fosse muito difícil sair da praia e ir pra casa, me arrumar e ir pra minha 'primeira vez'. Mas a questão não é essa, eu realmente pensei como faço agora? E vim pra casa, pensando 'cacete, fui contratado!"; cheguei, comi pouco por medo de ter uma indigestão e vomitar tudo no meio da locadora, tomei um banho e me cortei todo com a gillette, me vesti normalmente e fui.
Tudo tranquilo.
Cheguei morto em casa. Oito horas em pé, enfrentando a fome e a sede, e ainda tendo de ser simpático.
O segundo dia foi o mais trabalhoso, mas cheguei menos morto.

Não sei..
Bem, na verdade, sei. O fôlego que tenho tido agora é graças ao emprego. Não só fôlego físico - mas finalmente me sinto vivo. Agora vejo que precisava de um ocupação - esvaziar a cabeça das besteiras que faço questão - insconscientemente, é claro.. - de pensar, e cansar meu corpo. Fora que agora consigo fazer tudo - ler, ter um tempo só pra mim, ouvir música, ver filmes e trabalhar. E dormir muito e muito bem. Sinto minha respiração, agora.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Submissão

O que fazemos para manter uma amizade é incrível, e eu me surpreendo pela minha capacidade de virar algo que sempre lutei para não ser.
Hoje em dia, não adianta mais ser feminista. Esse movimento já teve sua época específica de acontecer, mas me identifico demais com ele. Um dos pontos que até hoje mantenho em mente, e que foi um dos pilares dele, é o fato de não nos subtermos a nada que seja indigno do que somos. Ou seja, abolir completamente a submissão. Bom, acredito que não é preciso ser uma mulher para adotar essa mudança, portanto concordo demais com ela. E luto para que as pessoas não façam isso. Sonho com o dia da independência definitiva, acredito que será quando criarei um senso único de identidade.
Enquanto isso, tento enganar a mim mesmo e aos outros do que sou e o que não sou. Ou para preservar um relacionamento que já me trouxe incontáveis bons momentos, penso que preciso manter-me inalterado. Como se o fato de eu não mudar significasse que tudo fosse continuar como era, e esqueço que por mais que eu me esforce para isso, preciso do esforço do outro envolvido.
Às vezes eu queria ser como algumas pessoas, que simplesmente esquecem o passado, apenas olham para a frente e enfrentam o inevitável com valentia e temperança. Mas não sou. Torno-me nostálgico, por vezes melancólico, mas aí depois de um tempo esqueço isso.
O mundo, por vezes, me deprime. Aliás, por vezes, eu sofro por ele; e penso que todos no fundo no fundo, são infelizes, e apenas esperam pela hora certa de descobrir essa verdade inegável. Não há com ser feliz.

Mas depois eu esqueço isso, vejo que são apenas reflexões de momentos de tristeza.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

É isso aí..

Estou em paz comigo mesmo. Mas tão intenso!
**
Para mim, o ano praticamente acaba assim que chega o último dia de aula. Quando ele chega, os dias parecem arrastar-se - ou correr - até o Natal e o Ano Novo. Depois um fôlego toma conta de mim e espero ansioso pelo início de uma nova série.
Logo, não é difícil imaginar que minha referência sempre foi escola - de uma maneira positiva ou negativa.
Como foi o dia hoje!
Tive uma vontade imensa de chorar, e até me envergonho de falar isso. Principalmente porque não vou deixar de ter meus amigos - e por um lado, nem meus professores - mas deixo para trás uma segurança que adquiri aos poucos e deixarei de ter muitas pessoas importantes para mim no dia-a-dia. Sei que não deveria censurar meus sentimentos, mas uma parte de mim justifica esse desejo de desabafar, enquanto outra apenas fala "Caramba, é só mais um ano que passou!"
Mas por dentro, estou gritando CARAMBA, MAIS UM ANO PASSOU.
E foi O ano.
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Foi unicamente lindo presenciar mais um dia final. Parece que todos esquecem das desavenças e hostilidades, e juntam-se num momento que é especial para todos - para uns mais, outros menos - e celebram o fim de mais uma etapa. Seja ao unir-se numa foto, seja ao pintar o cabelo como promessa, seja ao pintar o rosto do amigo com pilot.
**
E como alguns choravam.. e choravam, e choravam. Não resisti ao ser impulsivo e abraçar um colega meu que vai embora - alguém que ao longo do ano critiquei por conversar demais, berrar demais, atrapalhar a turma. Mas às vezes você simplesmente esquece - e pensa que as coisas são mais importantes do que isso, não vale à pena ser levado à sério, e cede às emoções.
**
Aquele sorriso inevitável, a tristeza necessária, o frio congelante na barriga. Por aqueles que se vão, por aqueles que virão.
Talvez o mais chocante pra mim tenha sido ter de dar adeus aos meus professores. Alguns deles, pelo menos. Já cansei de falar a respeito disso, portanto não alongarei o assunto. E nem darei nome aos bois, o gado em questão já foi informado de que teve uma puta importância pra mim (frase feia, mas estou procurando escrever sinceramente).
Ok, ok. Encontrarei nos corredores. Mas e depois? Se o terceiro ano voar como voou o segundo, em breve me verei longe da escola - até voltar, mas assumindo outro papel - e sem meus amigos mais velhos. Amigos que me ensinaram, literalmente.
**
É aquilo que já chamei de 'mix de emoções'. Confesso que ontem, quando estava absurdamente feliz por tudo, pelo dia, pelas 'aulas', pela vida, sentei no fim da tarde em meu quarto e explodi. Explodi em lágrimas, de tristeza e de felicidade. Chorei mesmo, com muita vontade. Sabe quando vem a palavra 'perfeição' na sua cabeça? Ela esteve na minha por muito tempo. E eu que me considerei infeliz por um tempo, por não ter tido nada emocionante na vida. Achava que tinha tudo e que não tinha nada. Agora vejo que a minha jornada pessoal acaba de começar - lidando com perdas, ganhos e problemas necessários.
**
Tive um momento de infantilidade e falei à Carla: eu não entendo, como as pessoas podem se gostar e não se encontrar? Para mim é tão simples..
E a voooz da sabedoria e da maturidade explicou-me que as coisas são assim mesmo.
É a vida..
**
Só tenho a agradecer. Aos meus amigos, por terem aguentado minhas manias e crises, por terem me dado força quando precisei e pelas brigas que tivemos, nas quais pude entender meus defeitos e compreender os de vocês. Que o nosso bando não se separe ano que vem, é o último, guys! Lembrem-se que somos muitos naquela escola. Fazemos a diferença.
**
Aos meus professores, por além de terem me ensinado o que era necessário, tornaram-se modelos de vida, de profissão e parâmetro para o que quero ser. Love you, guys. Deeply and muchly.
**
E as professores que tornaram-se amigos. Obrigado pelo interesse em mim!
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Vivi loucamente esses dois anos, não fazendo merda, mas oscilando entre o maravilhoso e o inimaginável.. novas raízes, novos amores, novos amigos e nova vida.
**
Termino por aqui antes que comece a me emocionar again. Mas dessa vez não negativamente, mas de nostalgia, já.
**
Amo muito todos vocês.




inspired by:
Unison - Björk
Thank you - Dido
Lover, you should've come over - Jeff Buckley
It's a bitch to grow up - Alanis Morissette

sábado, 29 de novembro de 2008

Sob o céu de novembro

As estrelas essa madrugada em Petrópolis estavam tão lindas..
De vez em quando não me perdoo por ter passado tantos anos sob esse céu que nos protege sem nunca ter olhado para cima.
Na hora de ir embora, olhei para o chão; e um pequeno ponto luminoso verde estava no cimento. Vaga-lume.

Hoje estava tudo tão escuro..

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

I'm tired of it all

Estou cansado. Estou puto, estou decepcionado, estou triste.
Às vezes as pessoas esquecem que todos os relacionamentos devem ser tratados como plantinhas de canteiro. Sabe?, você planta mas tem que ficar regando de vez em quando pra que elas não morram?
E detesto estupidez. E falta de consideração.
Os mais inesperados se tornam seus novos amigos quando os mais íntimos esquecem que a intimidade não dá o direito do afastamento, apenas porque a proximidade é tanta que parece que isso pode ser feito. Mas não pode.
Foda-se.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Wildness

O que faríamos, cada um de nós, se estivéssemos isolados num lugar inabitado?
Hoje, maioria me disse que se mataria.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Tradução livre de Red Light

Dois podem ser completos sem o resto do mundo.. Dois podem ser completo sem o resto do mundo. Faça isso pelas pessoas que morreram pelo seu bem, uma geração inteira que não tem nada a dizer. Como você faria, do seu jeito, para chegar até mim?
Vamos supor que você fez um trato comigo; e eu tenho o seu nome e seu endereço. E você está toda vestida com esse cinto vermelho gigante, e eu quase digo que está precisando de ajuda. Eu levo você comigo na próxima.. luz vermelha.
Nenhuma garota poderia me fazer amá-la mais do que amo.
Não consegue ver que o céu não é mais o limite?
Eu consigo ver o elevador esmagado contra o chão.
Eu ainda consigo ver o ontem indo embora.
Sete bilhões de pessoas que não têm nada a dizer.. você vem comigo? Eu vi o seu rosto e escutei aquela música, era tão convidativa que meus osssos doeram. Bem, parece com você, mas seus olhos estão cinza.. and your hair is gone but your mind's ok.
Sim, eu adoro seu sorriso, mas sua testa está fria; não quero que você sinta medo e vá embora.
Eu trairía e mentiria e roubaria, agora eu ficaria em casa e me ajoelharia por você.
Dois podem ser completos sem o resto do mundo.. bem, você sabe que eu disse isso apenas para fazê-la rir. Faça isso pelas pessoas que morreram pelo seu bem, uma geração inteira para culpar divertidores.
A luz está vermelha, a câmera está ligada. Pegue um advogado e uma arma.. odeie os novos amigos do seus amigos como todo mundo, o final da infância pode ser tão competitivo! O céu não é o limite e você nunca saberá qual é..

Utopia

Às vezes precisamos nos desligar da realidade - mais do que já estamos desconectados, por naureza (o que é realidade?) - e voltar a sonhar, criar utopias e sonhar com coisas inexistentes e imposíveis.
A letra abaixo reflete isso. Não a utopia de um mundo colorido, cheiroso, sem pobreza ou miséria, assassinato ou suicídio. Mas um em que homens e mulheres se entendessem. E compartilhassem e divulgassem e se abrissem e envolvessem e permitissem e perdoassem.
A letra da Alanis é do Under Rug, um álbum em que ela já começa dizendo que gostaria de um parceiro que simultaneamente fosse homem e mulher. O quão perfeito seria isso..?
Homens e mulheres seriam na teoria, complementares, por um ter a força e outro a senibilidade, um o intelecto e o outro a emoção. Mas bem sabemos que por essas divergências, o amor seri suposto para juntar e superar as barreiras e diferenças. Mas no dia-a-dia..
Por isso casais com pessoas do mesmo sexo tendem a dar certo, são mentalidades parecidas e necessidades semelhantes. Poderia passar horas escrevendo sobre problemas de casais (ironicamente, sem ter sido casado. mas presencio vários casos tão de perto e busco tanto a visão feminina disso tudo...) mas não é necessário, essa questão é entendida por todos.
Por isso a utopia de que, um dia, homens e mulheres poderiam finalmente se entender e amar incondicionalmente.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Utopia - Alanis

We'd gather around all in a room
fasten our belts engage in dialogue
We'd all slow down rest without guilt
not lie without fear disagree sans judgement

We would stay and respond and expand and include a
nd allow and forgive and enjoy and evolve
and discern and inquire and accept and admit
and divulge and open and reach out and speak up

This is utopia this is my utopia
This is my ideal my end in sight
Utopia this is my utopia
This is my nirvana
My ultimate

We'd open our arms
we'd all jump in
we'd all coast down
into safety nets

We would share and listen and support and welcome
be propelled by passion not invest in outcomes
we would breathe and be charmed and amused by difference
Be gentle and make room for every emotion

We'd provide forums
we'd all speak out
we'd all be heard
we'd all feel seen

We'd rise post-obstacle more defined more grateful
we would heal be humbled and be unstoppable
we'd hold close and let go and know when to do which
we'd release and disarm and stand up and feel safe

This is utopia this is my utopia
This is my ideal my end in sight
utopia this is my utopia
this is my nirvana
my ultimate.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Popularidade

Sabe uma coisa que eu acho irônica, explícita quanto à falsidade que nos rodeamos e adorneamos, e que comentamos por alto mas nunca levamos a fundo?
O fato de possuírmos 300, 400, 500, 600 amigos no Orkut. Quantos prestam?
80, 90 pessoas no msn.
Com quantas você fala?

"Prestar" não é a palavra correta, eu sei. Mas é como vejo as coisas. De 100 amigos, 80 vêm te adicionar apenas para parecer mais popular e social. Por mais que cada um, pessoalmente, nem te dê bom dia. E por quê?

Strokes já diziam: "Seven billion people who got nothing to say".

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Hyperballad

Agora que o final do ano está próximo, novas e velhas emoções têm sido despertadas.. Hoje mesmo, estava baixando músicas que marcaram momentos importantes na minha vida ano passado, e vendo como elas soam agora - literalmente. Tão chocantes quanto antes? Ainda me dão vontade de chorar? Me excitam pela manhã, me empolgam, me fazem feliz?

Hyperballad é uma das minhas músicas favoritas. Feita pela Björk, com uma letra triste mas sincera, ela diz mais ou menos o seguinte:
Ela acorda, bem cedo pela manhã. É realmente muito cedo, ninguém acordou ainda. Ela então vai para o topo de uma montanha e começa a tacar pequenas coisinhas fora. Pratos, garfos e outras coisas mais. E diz que passa por isso tudo antes que 'você' acorde, para que se sinta mais segura e feliz..
Enquanto faz isso, ela imagina como soaria se seu corpo fosse jogado lá de cima, chocando-se contra aquelas rochas. E quando tudo isso terminasse, seus olhos: abertos ou fechados?

A letra caótica e dramática é uma maneira pessoal da cantora de expressar aquilo que todos nós sentimos: de em determinados momentos, explodir, livrar-nos de nosso corpo e de todos os problemas. Para que possamos acordar novos, reciclados, sem afetar aqueles que amamos.

Já em Headphones, ela diz:
"My Headphones
They saved my life.
Your tape, it let me to sleep".

O que mais é preciso dizer..?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

sábado, 15 de novembro de 2008

Judy! Judy! Judy!

Dia desses a Luiza tava compartilhando comigo o desejo de ter vivido naquela época em que as pessoas não tomavam banho.
Tá, não foi por isso que ela queria ter vivido no passado, mas sim porque era uma época foda, legal e divertida (o porém é que ninguém escovava os dentes nem se banhava XD).

É, eu também. Mas queria ter vivido num musical da Judy Garland. Oi =D
Sério, seria tão foda!
Tá certo que ela sofreu como uma filha da puta (HUAUHUHAUHA, eu adoro essa expressão. Mamãe eternizou pra mim contando que quando foi assistir A Cor Púrpura no cinema, a mulher atrás dela disse "Nooooooooooossa, esse filme é bom, mas ela soooofre que nem uma filha da puta!"), mas pelo menos ela cantava, dançava e vivia a efervescência dos anos 40.
Ok, eu queria estar num filme dela ou ser ela?
Ah, tanto faz.
Imagina eu cantando até chegar em Oz?
Os passarinhos iam morrer, mas tudo bem.
O que importa é que todo mundo tem talento nesses filmes.
Sinto nostalgia por uma época que não vivi, mas não lamento a que vivo. Não ia adiantar nada lamentar, anyways XD

Enquanto não estrelo um musical, fico cantando Judy no meu quarto, mesmo.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Cansaço.

Cansaço, cansaço.
Estou descansado de muitas paranóias que frequentemente me assaombram, medos que tornaram-se hábitos e que agora não me afligem mais. Um passo rumo ao estado de auto-aceitação e compreensão interna, em que reconheço eu em mim mesmo e todos os meus defeitos e qualidades.
Enquanto todos estão com aquele cansaço clichê de fim de ano - oh, provas, aulas, reta final! - minha exaustão está em tentar compreender as coisas à minha volta e as pessoas que sempre fizeram parte da minha vida.
Houve um tempo em minha vida que encarar o dia-a-dia sem crises existenciais era algo impensável. De um mês para cá, tornei-me frio e passível a isso. Tentar desvendar qual a minha missão na Terra e o que me espera após a morte me soa extremamente patético. Acreditar em Deus mais ainda. Mais; me parece estupidez e atraso mental. Honestamente.
O mais triste em um relacionamento é ser a única parte interessada.
Sinto-me traído, em todos os aspectos. Vingança, o que seria vingança? Isso que desejo, mas nunca executaria? E quem seria hipócrita ao tentar me julgar por desejar algo tão vil?
Quem pode me julgar? Ninguém, nem Deus. Tento provar o quê a quem, então?
Por que passei tanto tempo me dizendo que não sou o que sou? Que não penso o que penso? Me olhando no espelho torcendo para que chegasse o dia em que acordasse do terrível pesadelo de ver minha imagem refletida, esse ser abjeto e desprezível interior e exteriormente?
Sinto-me novo e por isso mesmo cansado. Cansado de nada novo, aborrecido por desejar quando não sou desejado, ou querer desejar e não conseguir.
O fim do ano está próximo e avisto novos horizontes. Fáceis?
Sim?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Letras

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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Infelicidade

É quando você começa a só se relacionar com pessoas mente-abertas, cultas e sem preconceitos que você percebe que a grande maioria dos outros.. não é. Ou quando você sente uma agonia e desespero ao ver que de repente, a vida das pessoas mais próximas à você foi um lixo, e a sua poderia seguir o mesmo rumo. Tudo pra sair. Tudo para não ficar assim. Tudo para ser o contrário. E se não conseguir? Existe mil tipos de infelicidade, e das mais mascaradas possíveis. Socorro..

domingo, 2 de novembro de 2008

Vale

Há alguns minutos, acabei uma conversa extensa e exaustiva com minha mãe. Uma daquelas que acaba surgindo do nada e se entrelaça em assuntos que não imaginávamos fossem entrar na discussão e acabam resultando em algo bem mais sério do que supunhamos. Algo sobre como as coisas acabam nos prendendo e nos atando e nos fazendo depender delas e acabam podando nossos sonhos e viram desculpas para nosso fracasso na vida. Petrópolis sempre foi minha fuga meu Sanssouci meu paraíso e minha própria desculpa por um tempo. Minha preocupação durante a conversa com minha mãe passou de como começar a juntar dinheiro para quando a casa ficar para mim e poder fazer uma reforma talvez colocá-la à baixo talvez apenas consertar o que é realmente necessário aos poucos talvez fazer tudo de uma vez para afinal, mantê-la ou não. Mantê-la? Viver num lugar pequeno aqui para manter uma casa enorme num lugar que vou acabar me sentindo na obrigação de ir apenas porque é grande e me custa caro? Preciso ser real e consciencioso de que não vou ser milionário muito pelo contrário, e viver de lembranças sempre foi uma das minhas características mas isso é ridículo. Vivendo do passando esqueço do presente. E o que tem numa casa afinal? Como mamãe disse, é a Maldição do Vale (das Videiras). Acabamos todos ficando presos à ela atado à ela dependentes dela. Acabou sendo para nós um contexto e não apenas uma casa, o Vale simboliza todas as circunstâncias que nos envolve e desvençilhar-se delas é não só necessário mas quase obrigatório.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A flor e a Náusea

Prêso à minha classe e algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da tôrre;
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e
espera.

O tempo pobre, o poeta pobre,
fundem-se no mesmop impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos,
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem
ênfase.

Vomitar êsse tédio sôbre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes de terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de êrro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com êle me salvo,
e dou a poucos uma esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua côr não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde,
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no ar, galinhas em
pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo
e o ódio.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tranqüilidade.

Hoje eu descobri que as coisas podem ser tranqüilas.

"Medo da morte?
Acordarei de outra maneira,
Talvez corpo, talvez continuidade, talvez renovado,
Mas acordarei.
Se até átomos não dormem, por que hei-de ser eu só a dormir?"

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A profundidade do mundo

Oh, que ruim ser mal interpretado! E sempre acabo gerando isso. Explicando-me melhor a respeito da última postagem, o que quis dizer com o vazio das pessoas é que..

O que eu quero dizer, afinal?
Afinal, existe alguém puramente desinteressante por dentro? Por trás de máscaras, convenções e comodismos? Cada vez mais é difícil ser você mesmo em nosso mundo. Eu acho lindo quando uma pessoa doa-se à outra, e vice-versa; o fato de absorvermos características alheias é a prova de que reconhecemos as máximas qualidade naqueles que gostamos. Seja adquirindo uma mania, um tique, uma frase, uma expressão.. trazemos para nós o que é fonte de respeito. Eis um dos motivos pelos quais nós, seres-humanos, somos uma só unidade.
De onde vem o vazio? É difícil afirmar, apenas sentimos. Mesmo uma patricinha fútil tem sua própria sabedoria. Um exemplo disso é Paris Hilton, que uma vez afirmou que nunca seria quem é no seu íntimo, uma vez que as pessoas nunca entenderiam nem respeitariam; e isso comprova o que disse ali em cima. Para ela, sua conseqüência é passar-se de idiota pretensiosa.
O fato de termos inúmeros preconceitos - e isso foi O tema de ontem, em debates na psicóloga e com meus amigos - é o que nos impede de reconhecermos nossas opiniões primordiais e estabelecer um ponto de partida para construir demais conceitos. Eles são importantes, sim - o problema é que acabamos dando um sentido muito amplo para a palavra.
Em falar em palavras, o que no fundo no fundo, elas representam? Eu e meus amigos já zombamos demais de pessoas próximas, que desconheciam o sentido de palavras tolíssimas. E ontem aprendi que não tenho moral para isso - o que importa é que os outros saibam qual o significado que elas expressam. Não sou um dicionário ambulante. Nem os outros. Não posso esperar isso deles. Muito menos de mim.
Isso está relacionado ao meu antigo conceito de vazio - uma pessoa é vazia por não ser culta? letrada? apta a discursar exímiamente em qualquer assunto? ou é vazia apenas porque não construímos um elo de ligação com elas?
Para mim, esse era o conceito de vazio. Permaneceu no meu imaginário aquela imagem-clichê de estudantes populares - pegadores, estúpidos, bonitos e preconceituosos. Eu, justamente eu, que prego TUDO contra qualquer tipo de preconceito, acabei cedendo à ele.
Uma pessoa não é rasa apenas porque não tenho papos profundos com ela. Ou porque não lê os livros que leio, as músicas que escuto, os filmes que assisto.
Pensava justamente o contrário até ontem, quando revi essa opinião. É uma espécie de narcisismo, achar que só são profundos aqueles que pensam como eu.
E afinal, por que se preocupar com quem é vazio e quem é profundo? Sempre haverá opiniões discordantes sobre quem é ou não é, já que depende de pontos de vista.

O erro foi meu, ao achar que todos têm de seguir um padrão de intelectualidade e dedicação.
É hora de mudança.

domingo, 19 de outubro de 2008

O vazio das pessoas

Eu lamento tanto o fato de ter passado momentos na minha vida procurando nas pessoas erradas aquilo que sempre quis que elas fossem, quando na verdade a felicidade se encontra nos amigos ao meu redor.. Os verdadeiros amigos, que estupidamente demorei a aceitá-los, e enxergar que é com eles que sou eu, no meu íntimo. Hoje eu entendo que quando tentei me desvençilhar deles, apenas consegui alcançar o vazio dos populares, dos apenas bonitos; e me assusto ao constatar o quão carente são, e como a impressão idealizada deles apenas me fez correr atrás de coisas sem sentido.
Mas aprendi que quando falamos nas pessoas em geral, é apenas isso mesmo que queremos dizer - pessoas em geral. Isoladas, são todos tão interessantes..

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A paixão dentro de mim

Estou aqui, sentado, num bela segunda-feira na qual preciso me preparar para a prova de matemática, mas antes disso preciso viver coisas mais importantes e urgentes; a satisfação de poder sentar em paz no meu quarto, confortável e recheado das músicas de sempre, mas que transmitem melhor do que qualquer coisa aquilo que sinto.
De uns tempos para cá, minha vida tem mudado radicalmente. Consegui me sair um pouco melhor nas provas, e no entanto não estudei tanto para conseguir isso. Isso é um alívio. Uma amiga minha fica extremamente estressada quando chega a reta final do ano, momento em que temos de nos esforçar um pouquinho mais - ou simplesmente relevar - para acabar logo o ano e passarmos.
Mas não. Comigo tem sido diferente; venho combatendo uma dualidade interna, o desejo de acabar logo o 2º ano que pra mim, foi extremamente complicado, e prolongar esses últimos meses que têm sido atordoantes - que ironia!
Não tive muita emoção no início do ano. Cheguei num ponto esquisito, no qual só conseguia viver para mim mesmo e um grupo restrito de pessoas com quem me relaciono bem, e só. Mais do que a bolha natural em que vivo, isolei-me de tudo e todos.
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O que me surpreende é como às vezes as mudanças ocorrem tão abruptamente que só podemos interpretá-las como um processo natural, um rumo inevitável que decorre daquilo que nos esforçamos para conseguir. É uma das dádivas da vida.
Poucas pessoas têm aquele sentimento desesperador de vazio que assola aqueles que, no fundo, não têm do que reclamar. Escola cara, boa casa, comida de sobra, dinheiro para se divertir à vontade. É uma merda, em determinados momentos.
O que leva os finlandeses ao suicídio e aquele condenado à trabalhar e sem perspectiva de progressos que mora no meio da favela da Maré a continuar vivendo? São coisas que passam pela minha cabeça..
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O que me deixa emocionado - de verdade - é quando concluo que os maiores enigmas que temos de solucionar são aqueles que se encontram dentro de nós mesmos. Passamos anos e anos investindo no conhecimento do Universo, do Mundo, do Planeta, quando o nosso verdadeiro cosmo é inexplorado. Temos mania de grandeza, não conseguimos aceitar que às vezes as coisas são extremamente complexas, e em outras, tão simples..
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Faz umas semanas, fiquei insanamente feliz por ver que algumas pessoas à minha volta mudaram. Uma, em especial, que no meu passado foi de incomensurável importância. E o mais estranho - além de termos recuperado um pouco do contato perdido - foi notar que, no fundo, a mudança não foi somente dele - mas minha. Sou à favor de uma campanha mundial em que todos deixaremos de lado a Disney, a Paris, a New York, a Milão - e faremos um turismo interno, uma aventura dentro de nossos próprios sentimentos, sentidos, emoções. Descobrir o porquê afinal, de sermos tão únicos, tão inseparáveis e próximos - ao mesmo tempo tão distantes, isolados, carentes. Principalmente carentes. O que é o amor, senão uma necessidade de autoafirmação? Somos todos um só. Somos todos uma unidade, separadas pelo próprio amor, por essa coisa linda que a todo custo tentamos recuperar.
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Acho que as pessoas não sabem o que é amor. Para os adolescentes é encontrar alguém próximo, que desperta um pouco mais de interesse e diga palavras doces. Mas cadê a profundidade?
Acho que as pessoas pensam demais no sexo. Tanto no sexo-gênero quanto no sexo-ato. São julgadas por ele, por quem elas fazem e por que elas fazem, e com quem elas fazem. Acredito que já por um processo histórico e cultural, minha geração hipervaloriza um ato que apenas proporciona segundos de orgasmo e só. Vivemos em torno de uma coisa animalesca, natural e contraditoriamente taxada como tabu.
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Mas afinal, quem sou eu para dizer isso? Na minha opinião, o amor só pode ser considerado amor puro quando as pessoas desvinculam o sexo dele. E o desejo inconsciente de reprodução. Ou você reconhece que somos todos animais e gostamos disso (Sienna Miller já dizia), portanto assume que é movido por impulsos e desejo de reprodução e desvincula o amor, ou se enxerga como a evolução, que discerne o amor do sexo. Mas afinal, quem sou eu para dizer isso?
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Sinto-me novo, como se tivesse nascido de novo. Por estar recuperando elementos simbólicos de uma infância que já passou (amizades, por exemplo), sinto-me mais jovem do que nunca. Por estar lendo e interpretando coisas que nunca antes pude compreender, por estar agindo mais independente do que nunca e mais perto ainda de um final que representa o término de uma longa etapa, sinto-me mais homem do que nunca.
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Sinto-me grato. Mas não à Deus, estou numa fase de negação. Por que os homens não aceitam que vão morrer e acabou? Por que tem de haver anjos e Deus depois, um Purgatório (ainda que adore essa idéia), um Inferno, ou uma troca de corpos? Morreu, 'cabou. Se conforma, cara. Tem nenhum Céu depois não. Nenhum de nós merece. Olha à sua volta. I see poverty. De espírito, de moral, de corpo, de dinheiro.
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Por que as pessoas não olham mais para o interior das outras? O corpo murcha, fica com pelancas, pêlos onde não devia, rugas em lugares inimagináveis. Mas dentro? O interior é imortal!
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Voltei a me apaixonar pelas pessoas. Algumas, em especial. Um sorriso lindo dá vontade de chorar, os olhos nos prendem. O futuro nos espera, o passado nos prende, mas por quê? Vivamos o presente, e o que virá depois. Deveríamos todos nascer outra vez, tenho certeza que nasceríamos tão melhor..

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A raiva interna

Quando a decepção passa para o estado de raiva profunda e latente, é o momento que as coisas começam a solidifcar-se de maneira mais clara e objetiva na cabeça de uma pessoa. A orgia intelectual que Mário de Andrade se referia passou ao estágio de orgia da burrice, que é o que nós brasileiros temos vivido. Depois não entendem o porquê de meu pessimismo.
Além do mundo estar quebrando lá fora - e os babacas acharem que em momento algum nossa Pátria será atingida - vejo a autodestruição para qual o povo caminha em direção, a negligência, a indeferença, a inversão de valores. O povo brasileiro me dá nos nervos, sua burrice e ignorância me estressam, sua hipocrisia me enoja. Mas pelo menos, se não fosse por um resquício de esperança, não desejaria fazer algo para mudar isso.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Momentos que valem à pena.

Hoje foi um dia inesquecível..

Lembro que na primeira postagem do ano que fiz no antigo Purgatoryin, afirmei que sentia o ano de 2008 - então prestes a começar - como um período decisivo em minha vida.
Felizmente, não me enganei. Agora pareço ter encontrado um foco - estou mais maduro e decidido do que quero de profissão. Além disso, muitas das preocupações tolas foram embora - e estou investindo mais em mim mesmo, pensando mais no meu eu.

Hoje - ah, hoje!
.. Foi a prova de recuperação de química, e o desespero foi total. Creio que 62 alunos ficaram com a média abaixo de 6 - portanto, precisando de muito sucesso nessa prova. Almocei correndo e voltei pra escola, querendo estudar um pouco com uns amigos.

Quando os encontrei, numa mesa redonda e grande de ladrinho, debaixo de um toldo azul que proporcionava uma luz artificial, eu me senti como que num sonho. Já pelo ambiente - e porque das inúmeras pessoas que estavam sentadas, todas estavam tão bem!
Não sei se pelo desespero (o que seria ironicamente cômico) de querer se dar bem, mas o grupo que estava sentado - rindo, se divertindo - pareceu, naqueles poucos minutos, preciosos instantes, únicas imagens, esquecer de todas as desavenças e preconceitos.
A grande maioria foi a que nós chamamos de 'grupo de lá' (nossa turma é divida em dois). E com algumas pessoas do 'lado de cá' e outras de outras turmas, foi algo memorável.

Pareciamos nus, e desarmados - e crianças. Me senti numa longínqua quarta série, quando todos se davam bem e eram unidos. Hoje, quando todos já estão (teoricamente) preocupados com seus próprios problemas e sucesso acadêmico, e um grupo de amigos definido, cada vez mais nos distanciamos - afinal, as relações entre adultos são mais complicadas e improváveis do que aquelas entre crianças.
Mas naqueles curtos minutos, talvez unidos por uma necessidade comum, em que qualquer ajuda era válida - o que levava a cada um recorrer a outro em busca de esclarecimentos da matéria - todos pareceram puros, bons, brincalhões.

Além disso, uma pessoa que não falava comigo há anos - e que no entanto é da minha sala - surpreendentemente voltou a falar, descontraidamente.

São momentos assim que fazem a vida valer à pena.
Aliás, o que nos faz ter vontade de viver são esses atos, momentos e gestos - um elogio de quem você ama, a compreensão de quem você precisa, a atitude inesperadamente positiva de alguém, um momento de estudo entre colegas repelidos. Disso e mais aqueles instantes que fazem parecer a vida tão simples, tão fácil.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Go ask Shakespeare

"Life's a miracle or a foolish tale, I don't know, go ask Shakespeare".

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Offer II

Aí acho que a solução é ligar o foda-se, colocar uma música bem alta e pensar em coisas que valham à pena.

Offer

Sabe aquela melancolia que te cerca, às vezes?
Quando tudo te emociona, tudo parece motivo de choro, tudo é lindo(mas de uma maneira triste), quando você está mal por não ter nada de errado com você?

"Who?
Who am I to be blue..."

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Nietzsche

Sempre que leio algo de Nietzsche, a confirmação de que ele é um dos meus pensadores favoritos aumenta. Ao contrário do que seu nome e sua obra sugerem, ele não é um autor impossível, muito pelo contrário. O fato de seus aforismos tratarem objetivamente suas opiniões facilita o trabalho e torna a leitura bastante prazerosa. No entanto, não é uma filosofia tola; enganosamente simples, suas reflexões podem gerar muito o que pensar.

Sem querer me extender sobre sua obra, para não me tornar maçante, é mais simples resumir que em sua filosofia, Nietzsche crucificou incensantemente a Religião (sem trocadilhos), a Metafísica e a incoformidade humana. Quando distancia-se de Schopenahuer e Wagner, seus aforismos ficam mais agressivos e ácidos. Muito prafrentex em sua época - e claro, ainda hoje em dia - deixou praticamente claro que qualquer homem inteligente é ateu. Bom, radicalismos à parte, é fato que suas afirmações sobre a religião e as razões pela qual a Humanidade sempre procurou se apoiar nela, são chocantes.

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Pensei em um aforismo legal pra colocar aqui - na verdade, quase todos são, todos têm uma mensagem interessante e curiosa. Ia transcrever um sobre o cristianismo, mas em um de seus livros, que dedica aos artistas, encontrei um lindo.
Bem, como disse um tempinho atrás aqui no blog, o meu medo da morte é maior do que eu supunha. Mas não é medo da morte em si; são questões sem resposta e sem consolo que me atormentam mais. Pra quê investir tanto em cultura, conhecimento, sabedoria, se quando morrer tudo isso vai inexistir? E ainda o medo da morte das pessoas que amo, não a minha morte própria. É horrível pensar que todos vamos morrer, isso dói.
Bom, foi aí que busquei consolo na metafísica. Parece esnobe e arrogante dizer isso, mas é algo simples. Basicamente relaciona tudo à essência - e a essência nunca morre.

E num de seus aforismos, Nietzsche é muito sincero quando diz que é de fato muito difícil lidar com a morte, e com a idéia de que tudo acaba quando ela vêm. E que não é justo nem certo buscar ajuda na metafísica. Mais adiante, afirma o seguinte, sobre os autores (está relacionado com isso que escrevi agora):

*Leiam com carinho, e pensem. É maravilhoso.

O livro quase tornado gente - Para todo escritor é sempre uma surpresa o fato de que o livro tenha uma vida própria, quando se desprende dele; é como se parte de um inseto se destacasse e tomasse caminho próprio. Talvez ele se esqueça do livro quase totalmente, talvez se eleve acima das opiniões que nele registrou, talvez até não o compreenda mais, e tenha perdido as asas em que voava ao concebê-lo: enquanto isso o livro busca seus leitores, inflama vidas, alegra, assusta, engendra novas obras, torna-se a alma de projetos e ações - em suma: vive como um ser dotado de espírito e alma, e contudo não é humano. - A sorte maior será do autor que, na velhice, puder dizer que tudo o que nele eram pensamentos e sentimentos fecundantes, animadores, edificantes, esclarecedores, continua a viver em seus escritos, e que ele próprio já não representa senão a cinza, enquanto o fogo se salvou e em toda parte é levado adiante. - Se considerarmos que toda ação de um homem, não apenas um livro, vai ocasionar outras ações, decisões e pensamentos, que tudo o que ocorre se liga indissoluvelmente ao que vai ocorrer, percebemos a verdadeira imortalidade, que é a do movimento: o que uma vez se moveu está encerrado e eternizado na cadeia total do que existe, como um inseto no âmbar.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Estrangeiros no metrô.

Bom, o povo latino sempre foi conhecido por toda sua hospitalidade e recepção calorosa para com estrangeiros e turistas. Como o Brasil é um país latino (pelo menos até onde suponho), nos enquadramos nessa definição.

Hoje, no metrô, havia um grupo de turistas no vagão, com um sotaque carregado que me levou a crer que eram ingleses. Sabe aquela plaquinha quem tem em cima da porta, que mostra as estações? Pois é, elas (eram três mulheres e um homem) estavam apontando para o ponto do Flamengo e Botafogo.

Um cara barbudo, de uns 40, 45 anos, perguntou, num sotaque péssimo, onde elas queriam saltar. Elas dizendo que queriam ir para o Sugar Loaf, o cara, numa cena engraçada falou que elas deveriam saltar no Flamengo e que they should.. como se diz?.. catch um integração para a Urca. As mulheres ficaram com um ar de "what the fuck are you trying to say?"
Quase me ofereci para ajudar, mas não o fiz por dois motivos. Primeiro que elas não pareciam querer algum tipo de socorro, e estavam rindo e se divertindo. Ok, ótimo pra elas.

Alguns minutos depois, o cara barbudo entrega o celular pra uma das turistas. "It's a call for you". A mulher, sem graça e desconcertada, pegou o celular, falando com alguém que ela não conhecia, e que devia ser um amigo do cara barbudo que falava inglês melhor que ele. Falou, para o estranho, rindo à valer, que afinal ir pegar um táxi. Devolveu o celular pro cara barbudo e depois saltou, junto com seu grupo, no Flamengo.

Foi curioso e interssante. Será que é verdade que é típico da gente ser tão generoso com estrangeiros, ao contrário de como eles são nos seus países? Não sei. Mas admiro o esforço do pessoal ao querer ajudar quem parece não ter a mínima idéia de onde está ou para onde vai, mas que no entando se diverte demais. Afinal, nem sempre as coisas no mundo são rodeadas de maldade, podem, muito pelo contrário, ser muito puras e bem-intencionadas =)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

URGENTE, CLASSE MÉDIA CRESCEU!

Ok.
Intrigado pelo resultado da pesquisa da FGV, resolvi procurar então qual é a definição de Classe Média. Quanto ela ganha.
O fato de ser considerado um pequeno-burguês aquele que ganha entre 1.065 e 4.591 justifica o dado divulgado, de que agora 52% dos brasileiros são de classe média.

Ok.
Creio que daqui a alguns anos, seremos 100% da população!!!
Já imaginou?
Brasil país de primeiro mundo, nenhum pobre. Isso, claro, se quem ganha três salários mínimos, HOJE, já é parte da fatia privilegiada da população.

E os custo-benefícios?
Relativizando esse conceito, peguemos o preço dos shows no nosso País Tropical, como exemplo. O ingresso do Michael Bublé em SP vai custar mil reais. O Tim Festival, como sempre, não deve sair por menos de 150 reais (ano passado foi 180). Levando em conta que, como é um festival, vêem várias bandas, então se alguém quiser assistir dois shows, vai ter de pagar uns.. 360 reais. Porque, você vê, no nosso Brasil é tudo muito bem pensado!

O Rio de Janeiro é a cidade mais cara de toda a América. Mais que Manhattan, Toronto, Ottawa, Vancouver, California, todas. É tão cara quanto Barcelona. É a 37ª mais cara do mundo.
Vale à pena?

Ok.
Ela é cara, mas o povo é majoritariamente de classe mediana! O que você, de Classe Média, faz com 1065 reais? Oras, muita coisa. Paga uma escola particular no Rio, que gira em torno de.. 80% do seu salário? Beleza.
A Classe Média, tão crucificada Classe Média, é quem move nosso ilustre país. Os shows e programas culturais são dirigidas à ela; é quem paga pela diversão. Mas duvido essa classe média pagar 20 reais num ingresso de cinema. Ou, um exemplo mais concreto, mil reais num show.

Sem falar na Elite Pensante. A Elite, tão crucificada (massacrada, assim como a Mídia e a Classe Média, como se elas fossem as culpadas pela merda em que a gente vive), corresponderia àquela massa pequena que reivindica por seus direitos. Quase todas as revoluções na História foram lideradas por ela. A massa pobre em poucos casos lutou por suas causas.
Misturar num conceito quase que exclusivo uma massa enorme da população que não lê, não entende, não sabe, não ouve, é patético. Ridículo.

Pra quem quiser:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI10070-15228,00-A+NOVA+CLASSE+MEDIA+DO+BRASIL.html
Ok.
Não vou me estressar.
Esqueço que é só no Brasil que temos o Muito Pobre, o Médio Pobre, o Pouco Pobre, o Pobre, o Médio, o Baixo Médio, o Médio Médio, o Alto Médio, o Rico, o Pouco Rico, o Muito Rico. As classes A, B, C, D, E, F, G, H, I.

Tá foda. Nem estabelecer um conceito de riqueza o povo consegue.

sábado, 30 de agosto de 2008

Meu medo

Eu acho tão bonito como, às vezes, a vida vale à pena pelo que é.

Mas depois lembro que as pessoas que amo vão morrer; e temo por elas, não por mim. E é aí que percebo o altruísmo e a arrogância de não querer que os outros se vão, por evitar a dor de não tê-las mais comigo.

domingo, 24 de agosto de 2008

???

Um estudo divulgado pela FGV avaliou que agora, a classe média corresponde por 52% da população brasileira.







???





Muito, mas muito estranho mesmo. Ano passado, era 22%.



Ah, pequena observação: É considerada de classe média quem ganha acima de 3 000 reais mensais.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Viva o Povo Brasileiro

Bom, eu sempre tive uma relação estranha com o Brasil. Passei muito tempo sem ligar para nosso país - as músicas que gosto nunca foram cantadas em português, portanto não havia porque ter um elo com oas canções nacionais; os filmes só passaram a pegar um impulso comercial e publicitário de uns anos pra cá, então não fizeram parte da minha infância; os livros que tenho vontade de ler nunca são os nacionais. Pra quê, se existe Dostoiévski?

Esse pensamento arrogante e fechado foi dando vazão à uma liberdade que aos poucos fui sentindo para poder olhar o Brasil com outros olhos. Da indiferença total, passei a não gostar. E fiquei assim por bastante tempo, e agora, tenho revisto muitos conceitos..

É engraçado como as coisas, naturalmente e sem que a gente programe algo, acabam coincidindo e várias coisas ocorrem sobre um mesmo tema. Por exemplo, lá pra março desse ano, estudei Unificação Italiana em História; e paralelo a isso, lembrei de um livro que quero muito ler chamado Queda e Declínio do Império Romano, assisti vários filmes italianos maravilhosos e nem sou tão chegado assim à cultura deles. Mas foi uma época que aprendi bastante - didaticamente e artisticamente - sobre país europeu.

E agora tem sido assim com o Brasil. Estou aprendendo muita coisa sobre a história brasileira (muita matéria) e escutado música brasileira mais do que escutava antes.
Felizmente, tudo ocorreu de uma maneira muito peculiar; comecei a ler o livro que até agora, é o melhor que já li, chamado Viva o Povo Brasileiro (João Ubaldo Ribeiro). Apesar do título, logo quando nos aprofundamos na leitura percebemos que não é uma ode - e sim uma sarcástica saudação. A riqueza da linguagem empregada pelo genial Ubaldo é tão vasta, heterogênea e mística quando a nossa cultura, nossos hábitos. E é um belo livro de história também - já que finalmente, podemos ter um retrato da cultura brasileira desde o século XVIII até o XIX, podendo finalmente entender nossas origens.

Apreciar e depreciar a pátria ao mesmo tempo; eis a bela contradição que eu tenho, e que afinal, é o Brasil por inteiro. Quer país mais contraditório?
Apreciar pela cultura, depreciar pelo povo, pela política. Principalmente o povo.

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Me espanta a maneira como o Rio despreza sua própria história. E me indigna ver como meus colegas de turma sequer foram no Museu de Belas Artes, no Centro, refletindo a falta de interesse e cultura para com o passado.

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E aos poucos vou descobrindo coisas geniais em nossa história. É uma pena como tantos, da Irmandade, não conhecem Mário de Andrade, Tarsila, a Atropofagia, Vidas Secas, João Cabral de Melo Neto, Drummond, Bossa-Nova, e os próprios ícones, como Machado de Assis. E um dos maiores intelectuais de nossa História, Glauber Rocha, com seus filmes chatérrimos? Pelo menos foi alguém digno de importância, assim como Nelson Rodrigues, mesmo ambos sendo extremamente aborrecidos.

Esse descaso com nossa História é o que me decepciona. Essa falta de bom-senso para com nossas riquezas ambientais, a inconsciência, tudo isso, me evergonha, muitas vezes, de ser parte dessa massa tão grande do Brasil (Muitas vezes o que me incentiva a futuramente dar aula é a vontade de conscientizar pessoas sobre esse crime que cometemos a nós mesmos).

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A Fernanda Torres, que é cronista da Veja Rio semana sim, semana não (alterna com o Manoel Carlos) falou nessa última edição sobre como o pessoal do Rio detesta o antigo, sempre procura substituir o ultrapassado sem dar valor ao histórico. Deu exemplo da arquitetura, de como ela mesma teve de se mudar para sua casa estilo década de 50 ser demolida e dar lugar a um prédio. Ela começa o texto dizendo como adora a Barra (e o que me parece doideira, dada a impraticidade que é morar lá) e se esclarece no final, falando que os grandes empreendedores agora largaram a Zona Sul e aventuraram-se para os cantos de lá. Se adorar a Barra for igual a preservar o pouco de história que ainda temos por aqui e pelo Centro, també a-do-ro a Barra.
Quando terminei de ler, pensei no Palácio Monroe, no Centro. É um absurdo mesmo..

Bom, Brasil e História foram palavras-chave nessa postagem. É uma pena que as duas não caminhem juntas, e a primeira negue a segunda. História do Brasil é linda (curioso é que nenhum dos meus amigos gostam, detestam, diga-se de passagem), mas não é valorizada. Um dia, quem sabe.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Os medos constantes

Começam as provas amanhã, mais duas semanas de estudo e meus amigos probidos de sair. Não probidos, mas impedidos.
Em pensar que mais um ano está acabando..

Foram anos ótimos, o passado e esse! O fato de ter tido os melhores professores do mundo foram quase decisivos para me fazer ter certeza de que o que quero é ser professor. E a idéia é tão sólida na minha cabeça que acho que não vou mudar de idéia.. Bom, isso se minha dicção melhorar. E minha timidez. Mas acho que tudo se resolve.

Amanhã, meu pai vai conversar com a coordenação para saber como o colégio está em relação ao Vestibular. Infelizmente dá-lo a certeza de que confio em todos os profissionais do meu colégio por mim mesmo, não basta para convencê-lo. É até melhor que ele vá por conta própria, afinal, é um super direito dele.

Me entristece ver que muito provavelmente terei como alunos muitos dos colegas de classe que definitivamente não suporto. Farão o mesmo perfil, e sei que minha paciência será pouca.. mas sei que não posso ter rixas com quem quer que seja, e afinal, ser professor é muito mais do que passar deveres, é um ato altruísta, acima de tudo. Mas será?
Essa época de Vestibular assusta um pouco. Já falei sobre isso no outro blog, mas é um receio presente.
O fato de ter que decidir minha faculdade, as provas do colégio a começarem, meu pai querendo conversar com a escola, e principalmente a pressão constante do Vestibular às vezes dão um nó na minha cabeça.

O que será?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

O mundo dos famosos

Minha irmã sempre teve a sorte de conhecer várias pessoas de banda e alguns atores. Quando bem menor, perguntei a ela como ela conseguia, e resposta foi tão curta quanto a única possível: "é só sair de casa, Breno".

Recentemente ela tem conhecido a Globo inteiro, virando uma espécie de assessora de um determinado ator, e colega de vários, desde Fernanda Souza até.. Didi.

Logo no iniciozinho, assim que ela me contava como eram as saídas com eles, me senti numa cena de filme, quando a pessoa fica surda ao mundo e tem ouvidos apenas para seus pensamentos. E os meus foram algo na linha de Cara! São só pessoas como todas as outras.

Longe de fazer essa postagem para me vangloriar (até porque os amigos são dela, não meus), o que me deixou feliz é ver que os famosos são tão normais, simples, humanos como nós. Ok, parece uma observação redundante, mas acreditem, para mim e para muuuitos nesse país e no globo, não é; cansei de idealizar atores e atrizes, cantores e cantoras, enfim, como quase todo adolescente que quer manter um ideal. E sabe do que mais? São falhos como nós, mais acessíveis do que imaginamos, mais próximos do que supomos.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Viva la Vida

Eu acho curioso como as pessoas atribuem à vida características tais como ela fosse uma pessoa de carne e osso, com personalidade e sentimentos. Ela é imprevisível, cruel, feliz, puro amor, dá voltas, é sábia e nos mostra a verdade, é curta, é vaga, é rápida..